Estamos vivendo em uma época em que há muito mais informações coletadas, estruturadas, criadas e compartilhadas do que nunca. Até mesmo o mais cauteloso de nós pode cair em um anúncio falso. Atualmente, as tecnologias, as mídias sociais e as ferramentas de inteligência artificial podem trazer mudanças positivas para indivíduos e comunidades, mas também podem destruí-los. Como as pessoas podem se proteger de conteúdo enganoso? Esta série de quatro artigos, produzida em cooperação com o Baltic Media Centre of Excellence, o lembrará dos fundamentos das habilidades de alfabetização midiática que não podem faltar no ambiente digital.

Na maioria das vezes, quando notamos artigos na mídia sobre um incidente de hacking, geralmente é porque o alvo (ou a vítima) é uma empresa maior e mais conhecida do público. Quando o Google, o Facebook, a Microsoft etc. são vítimas de um incidente cibernético, a mídia naturalmente se interessa pelo assunto e, portanto, informa o público. No entanto, quase independentemente da magnitude e da sofisticação desses ataques a empresas e organizações bem estabelecidas, eles quase sempre são "resolvidos", ou seja, têm seu próprio início, curso e fim, ou resolução. A resolução nem sempre é "positiva" para a instituição da empresa: às vezes, as vítimas pagam grandes somas de dinheiro (geralmente em criptomoedas) aos invasores para recuperar seus dados.

Muitos de nós (se não todos) costumamos trancar a porta da frente de nossa casa, mesmo quando saímos para uma loja ou cafeteria próxima. Especialmente se moramos em um prédio com mais inquilinos ou se nossa casa fica de frente para uma rua movimentada, às vezes até nos certificamos de que as janelas também estejam fechadas! É claro e inequívoco por que estamos fazendo isso - estamos preocupados com nossa segurança e não queremos que ninguém (sem nossa permissão explícita) entre em nossa casa!

Em outras palavras, nosso senso de segurança é importante para nós quando se trata de nosso ambiente físico imediato - a privacidade de nossa própria casa.

De acordo com o relatório "Digital 2021"1 , na virada dos anos de 2020 e 2021, mais da metade dos 7,83 bilhões de pessoas no mundo foi descrita como "usuários de telefones celulares" e 59,5% (4,66 bilhões) da população declarou usar a Internet. A grande maioria deles usa a mídia social (4,2 bilhões de pessoas)